Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


A primeira...de muitas!


(Foto de RD)


Naquela sala, só eu o piano e o professor. O tempo parou, o meu espaço mental fechou. Toda eu fui música durante aquela hora e meia. Discutimos as vantagens e desvantagens de ter estado confinada todos estes anos a um teclado castrante e descobrimos que, apesar de tudo, a minha força de dedos não está nada má (bendita escalada!). O João brincou com as cordas e com as teclas e com os acordes e eu delirei com a expectativa de aprender aquelas coisas todas. Confesso que me abriu o apetite, não que fosse preciso muito!

Saí da aula com um sorriso rasgado na cara e uma grande alegria na alma. Vim para casa com aquela sensação de felicidade e com uma enorme expectativa da próxima semana. Que saudades eu tinha disto!

1 comentário:

Pi disse...

Mentira... Saiste da aula com um sorriso rasgado na cara... blá blá... ligaste a uma amiga a contar a novidade... foste a correr ver se tinhas uma multa no estacionamento, e só depois é que foste para cada!!
:) Foste apanhada!Mas que grande devia ser o sorriso, a julgar pelas gargalhadas ao telefone ;D

Bruznieh!