Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


Transições

Hoje, mandaram-me um email que dizia o seguinte:


Um dia o amor virou-se para a amizade e disse:

- para que existes tu, se já existo eu?

A amizade respondeu:

- para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima.


É curioso teres-me enviado este email, mas talvez até tenha sido intencional. Não sei se te disse que ando desacreditada com a amizade (talvez por isso ande tão fugidia), ou se apenas te disse que ando desacreditada com as pessoas, ou talvez não tenha referido nenhum dos dois. Para dizer a verdade, já não me lembro com exactidão o que disse e como disse. Mas tu compreendeste e a tua compreensão ajudou-me a dar mais um passo nesta minha transição. Obrigada!

1 comentário:

Isa Carvalho disse...

Ao longo da nossa vida, fazemos transições com os conceitos que temos de amizade e amor. Por vezes as situações favorecem a que o amor deixe lágrimas que a amizade seca e subtitui por sorrisos, por vezes o contrário. E outras vezes amobos fogem da nossa mão e outras, ainda, ambos regressam para nos deixar mais fortes. É uma das grandes aventuras de quem por cá vive!!! Aproveitemo-las como momentos de aprendizagem e de crescimento.