Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


Nova funcionalidade

Quando fizer um upgrade do meu cérebro vou-lhe colocar um botão de reset. Dava-me um certo jeitinho, neste momento!

Give me back...

...the fantasy, the dreams, the beliefs. Give me back that child I knew in me!

Esta vida de trolha... VII

... terminou, penso eu de que! E por uns tempos largos, espero.

Vou experimentar...


... no sofá lá de casa, enquanto leio algo verdadeiramente absorvente!




Ou talvez não.

Transições

Hoje, mandaram-me um email que dizia o seguinte:


Um dia o amor virou-se para a amizade e disse:

- para que existes tu, se já existo eu?

A amizade respondeu:

- para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima.


É curioso teres-me enviado este email, mas talvez até tenha sido intencional. Não sei se te disse que ando desacreditada com a amizade (talvez por isso ande tão fugidia), ou se apenas te disse que ando desacreditada com as pessoas, ou talvez não tenha referido nenhum dos dois. Para dizer a verdade, já não me lembro com exactidão o que disse e como disse. Mas tu compreendeste e a tua compreensão ajudou-me a dar mais um passo nesta minha transição. Obrigada!

Perdendo a virgindade!

(IM, 2006)

Era virgem nestas coisas dos cafés filosóficos... até ontem! Foi a minha primeira vez e foi fantástico!!! Aconteceu depois de dois dias de pensamento crítico. Devagar e com jeitinho, lá fomos entrando nas questões da "verdade". "O que é a verdade?", "A verdade é útil?", "Podemos alcançar a verdade?", "Uma crença pode ser considerada verdade?", "As verdades de hoje, serão as crenças de amanhã?" são questões que nos foram mantendo acesos. Não chegámos a grandes conclusões... ficaram para segundas núpcias as tentativas de uma definição.

Estou a ver-me a ficar viciada nestas vidas!!!

Esta vida de trolha... VI

Isto de ter uma casa tem muitas semelhanças com uma gravidez...

Vejamos:

- Há a fase de decidir engravidar. Eu decidi comprar casa.

- A seguir vem a fase de engravidar. Eu comprei casa.

- Ao que se seguem as dúvidas... no que me vou meter! Humm, humm...

- Algures lá pelo meio a criança começa a mexer. Lá em casa começou tudo a bulir com as obras.

- Compram-se roupas e o carrinho e a banheira. Eu comprei umas coisas giras para a cozinha.

- Depois os pais investem na coisa e interagem com a criança. Eu comecei a pintar a casa.

- Depois a barriga começa a pesar. Pintar a casa tornou-se uma tarefa árdua.


Agora, estou naquela fase em que já nascia!!!


No meio desta brincadeira toda, fui-me vinculando àquele espaço. A total integração na identidade só vem depois, tal como acontece na maternidade. A mim, ainda me faltam algumas coisas para o enxoval estar completo... vá, pronto, falta-me tudo. Mas um dia, vou sentir aquele espaço totalmente como meu. Estou ansiosa por isso.

Tripa na gema

Enquanto escrevia o post anterior assomou-se-me a questão técnica: é "cobardia" ou "covardia"? Tive de ir confirmar ao dicionário! Confesso que esta questão dos "b's" e dos "v's", muito própria dos tripeiros, também me toca um bocadinho. É com regular frequência que uso o tão apreciado "b" em vez do "v". Agora, ficar confusa na forma como se escrevem as palavras, nunca me tinha acontecido!

Oh meu deus... É o que tenho a dizer!

Carro mau!!

Hoje, enquanto passeava, o bolinhas foi atacado e mordido por uma passat agressiva e de dente afiado. Portou-se como um valente e não se deixou ficar. A passat, essa, fugiu como uma cobarde. Deixa estar, bolinhas, que ela há-de voltar com o escape entre as pernas e a ganir!

Esta vida de trolha... V

Dissertações fotográficas: