Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


Privilegiadamente triste

Porque eu existo. Eu existo, e ela, livre, solitária, eterna, ei-la sujeita à minha existência, não podendo evitar o facto brutal da minha existência, presa à sucessão mecânica dos seus momentos.

(O sangue dos outros, Simone de Beauvoir)

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