Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


Às vezes lembro-me...

Lembro-me das histórias que contaste e das que não contaste...
Lembro-me da força e da coragem... da determinação!
Lembro-me da cadeira e de ti lá sentada...
Lembro-me das chinelas à entrada da porta...
Lembro-me do orgulho que mostravas nas minhas costas.

E, às vezes, ao lembrar-me esqueço-me... e depois caio em mim.

Sem comentários: