Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Croché das coisas...
(Bernardo Soares, Livro do desassossego)


Ainda me lembro bem de ouvir os sitiados, lá nos inícios da minha adolescência, a cantar a "vida de marinheiro" ou o "vamos ao circo". Ainda me lembro de cantar vezes sem conta, de correr e saltar ao seu som. Ainda me lembro bem da cara do vocalista do grupo, uma figura, penso, marcante. Apesar de não ser grande fã do seu trabalho, não estando sequer ciente do que tinha desenvolvido depois dos sitiados, foi com grande tristeza que o recordei hoje. Foi, na verdade, um grande choque saber da sua morte. É sempre um choque quando alguém morre tão jovem...

Aqui fica a recordação, para todos os que saltaram ao som disto.


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